- Isabella Stephan
Quando o filho nasce, a memória e o pensar da mãe florescem
Maria Flor era menor, devia ter 2 anos.
“- Filha, olha pra cima! Procura a lua. Veja quantas estrelas!”
E assim eu enxaguava seus cabelos enquanto ela olhava para o teto...
Meu esposo me apelidou de “Mamãe Gump”, por ser uma contadora de histórias.
“Vem cá, filha, vou desembaraçar seus cabelos... Já te contei como o biso fazia para pentear
meus cabelos quando eu era pequena?”
E fio a fio ia contando a história do bisavô e desembaraçando seus pensamentos.
Outro dia ela alcançava uma estrela com as mãos e mostrava para um amigo:
" - Oooolha que estela bilhanteee! Voou, pega, pega!"
O amigo dava de ombros e dizia que não tinha nada ali... Ela seguia vendo o brilho das estrelas e buscando a lua no teto. Ela seguia acreditando em mágica, como expectadora e fazedora.
Minha alma de menina nunca abriu mão de seguir enxergando o brilho das coisas invisíveis aos olhos e que explodem feito fogos na nossa cabeça. Tenho para mim que esse é meu legado: emprestar meus olhos que enxergam a mágica no ordinário... Fazer extraordinária cada viagem dentro do imaginário.
Dizem que quando um filho nasce, a memória e o pensar de uma mãe adormecem. Eu não acredito nisso! Um filho nasce, e um monte de coisas nascem também. Algumas prioridades morrem para que outras possam existir. Em mim nasceu a necessidade de criar e de ver em palavras as descobertas diárias das crianças e da maternidade.
O mundo de uma criança é tão rico e para que eles desenvolvam a criatividade basta ser com eles e nutrir seus sonhos. Basta sermos mais desplugadas do mundo digital, conectados ao pulsar criativo e às nossas necessidades enquanto mães.
E não, não precisa ter veia artística para isso.
Precisamos sim acessar nossa criança interior, nos colocar no chão junto com nossos filhos, dar corda para a imaginação DELES e também para a nossa.

Se você sempre achou que não era boa em colorir, em desenhar, escrever ou criar histórias; faça como puder e quiser. Não há espaço mais seguro do que o coração de uma criança, não há julgamentos.
É por isso que criança e arte andam assim tão juntinhos. Criar é ser livre, e ser livre é coisa que criança sabe muito bem.
Quer criar e estimular a criatividade dos filhos? - Seja livre junto!
“- Vós sois deuses!”
E como deuses e deusas criamos. Ninguém nos ensina a sermos deusas. Somos.
Como mães, aprendemos com os filhos e os encorajamos à essa incrível e mais bela viagem para dentro de si.
* Sou Dayana Trifoni, terapeuta ocupacional, mestre em saúde coletiva, terapeuta comunitária, educadora parental.

Sou também uma porção de outras coisas complicadas de dizer e simples de entender: ajudo mães e pais a transformar a relação com os filhos em uma relação mais harmônica, leve e feliz; e a estruturar o cotidiano e a rotina da família. Mas o que eu mais sei fazer mesmo é ser mãe da Maria Flor e do Gael, e o que eu tenho aprendido é seguir mulher, intensa, livre, vibrante e pulsátil. Vem fazer esse caminho comigo!
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Lá ela oferece uma série de ferramentas para educar filhos e tornar leve o cuidado materno. A própria Daya deixa claro que seu intuito lá não é o de ensinar nenhuma mãe a ser perfeita, mas apoiar para que sejam imperfeitamente felizes.
** O texto acima faz parte da sessão Maternidade Criativa. Se você é mãe ou trabalha com mães e/ou crianças e acha que tem algo para falar sobre o universo da Criatividade, sobre a importância da Arte e do Lúdico ou qualquer outro assunto relacionado ao fazer criativo na relação mães-filhos , deixa um comentário ou manda um e-mail que entraremos em contato. Nessa sessão teremos espaço prioritário para outras mães empreendedoras se expressarem!